A nossa entrada na China não foi assim tão impactante, pois começamos por Macau, uma cidade que, assim como o Brasil, foi colonizada por PORTUGUESES! Habitantes que falem de fato o português são raros de encontrar, e hoje estima-se que apenas 5% da população saiba falar o idioma. No entanto, na parte escrita o português é algo bem comum por lá.
O Centro Histórico de Macau foi declarado pela UNESCO em 2006 como Patrimônio Mundial. Esta área se localiza no sudoeste da península de Macau, e pode ser facilmente percorrida a pé, pois os trechos não são muito longos, e o passeio é bem agradável e bem sinalizado.
Este centro histórico é considerado como “intercâmbio cultural” entre oriente e ocidente, ao longo dos seus 400 anos de colonização Portuguesa, sendo atualmente o mais antigo, completo e consolidado conjunto arquitetônico intacto e de raiz européia em solo chinês.
Macau fica pertinho de Hong Kong, outra China que não tem tanta cara de China, por causa da colonização inglesa/britânica. Inclusive para estes exatos 2 locais na China, não precisa tirar VISTO de entrada, pois são considerados zonas administrativas especiais, com algumas leis e moeda diferente do resto da China. A maioria vai até Macau como um “bate-e-volta” de um dia, partindo de Hong Kong. No nosso caso optamos por entrar por Macau, dormir lá um dia, e depois ir para Hong Kong.
3 vantagens de passar o dia (e dormir) em Macau:
– você gasta menos tempo e dinheiro, pois só terá que pegar o ferry até Hong Kong uma única vez, ao invés de 2x como seria em um bate volta (economiza 1h ou mais de deslocamento e entre 150 à 180 dólares de Hong Kong, que equivale a R$43 – 52,00). Mais info neste site.
– possibilidade de visitar de noite os diversos cassinos da região (o maior DO MUNDO se encontra lá!), e voltar tarde para o hotel para dormir, aproveitando e conhecendo também esta parte da cidade.
– a passagem aérea pode ser bem mais barata do que até Hong Kong, o que foi nosso caso. Aproveitamos uma promoção- U$60 de Kuala Lumpur até lá, pela fantástica Air Asia, que tem muitos precinhos camaradas na região e faz a alegria do viajante!)
Como ficamos só um dia, não deu para visitar bairros mais afastados e típicos da cidade, para ver como é o dia-a-dia dos locais. Essa parte mais turística que visitamos é toda ligada a esta questão “cultural” portuguesa, então se ficar andando só por ali não parece que está na China mesmo, embora quase 100% das pessoas que circulam por lá são chineses (ou orientais em geral), inclusive os turistas.
A cidade tem poucos hotéis, sendo a maioria deles é de alto padrão, 4 ou até 5 estrelas, e não tem opções de Hostels, albergues e afins (pelo menos não achei). Os hotéis são caros para o padrão sudeste asiático (em torno de R$30) porém com preço igual ao de um quarto com mais de 6m2 em Hong Kong, ou similar a um hotel 2-3 estrelas na Europa. A diária por lá fica em torno de 80 à 100 dólares americanos (ou mais, dependendo do local).
Ficamos em um hotel 3 estrelas da rede Best Western, bem localizado para quem quer visitar os cassinos à noite, o que era nosso caso (mas acabamos não indo porque ao final do dia o marido ficou com febre, e estava muito frio). O hotel fica na ilha de Taipa, a ilha ao sul de Macau (e também onde fica o aeroporto e um dos terminais de ferry).
Indicação Hotel: Best Western Hotel Taipa Macau
A pontuação do hotel no www.booking.com está meio baixa, mas achamos o lugar bem satisfatório, com um quarto enorme bem decorado e limpinho, novo, e com bom atendimento, além de ter ponto de ônibus na quadra ao lado, que levava até a ilha norte na parte do centro histórico.
DICA: os taxistas de lá em geral não entendem quase nada de inglês, mas possuem uma tabela com o nome equivalente de cada hotel em chinês. Mostre o nome do hotel por escrito, que ele vai achar o nome em chinês e o respectivo endereço. No nosso caso ele não achava, porque aparentemente o hotel não está indicado como Best Western, mas sim como Hotel Taipa Macau, ou algo assim. Se possível, imprima e leve a foto da fachada, isso pode ajudar se houver dúvida. #ficaadica 😉
O curioso da cidade é justamente este enfoque ocidental, de resto não aparenta ter grandes atrativos, pois fora da área turística e histórica é somente residencial, e pelo que vimos (do alto da Fortaleza) a cidade não é muito bonita não. Parece bem espremida, pobre e com construções envelhecidas. Vale o passeio? Sim, se você deseja sentir este gostinho diferente em solo chinês (ou ir aos cassinos), caso contrário se foque em mais dias em Hong Kong mesmo, que é bem maior e tem mais coisas para ver e fazer.