Entre as oito maiores economias do mundo, e sob o princípio de “um país, dois sistemas”, Hong Kong desfruta de grande independência da China.
Hoje, a Região Administrativa Especial da República Popular da China, se preocupa com os impactos climáticos em sua economia. De acordo com o Carbon Disclosure Project (CDP), uma entidade de pesquisas climáticas sem fins lucrativos que tem por objetivo o incentivo às empresas e governos a divulgarem os seus índices de impacto no meio ambiente, as cidades que mais investem em programas e iniciativas para o meio ambiente também são aquelas que mais afetam negativamente.
Hong Kong, conforme os dados do CDP, está investindo cerca de US$ 2,7 bilhões em proteção contra inundações, como por exemplo, tanques subterrâneos de armazenamento e construção de túneis de drenagem. Um exemplo de dano ocorrido na cidade foi com a fornecedora de energia, que gastou cerca de US$ 193 mil para aumentar o nível dos pisos, pois não tinha uma estrutura que pudesse conter o aumento do nível do mar.
Em uma situação parecida, encontra-se a China que com mais de vinte rios, sendo o maior deles o Rio Yangtsé, sofre com inundações quando há chuvas muito fortes.
Segundo o Atlas de Risco de Mudanças Climáticas e Ambientais, os países que representam 31% do PIB mundial sofrerão com o aumento das mudanças climáticas. O relatório faz um levantamento que considera os riscos que cada país correrá nas categorias: exposição aos eventos climáticos extremos, infraestrutura, capacidade adaptativa das populações, segurança dos recursos e eficiência do governo.
Ainda segundo esse relatório “Na China, a Maplecroft afirma que o centro de produção manufatureira do país, que engloba as cidades de Guangzhou, Dongguan e Foshan, está entre os mais expostos aos riscos físicos de eventos climáticos extremos.”
Incluída na categoria de “risco extremo”, a economia chinesa fica exposta não só a enchentes, mas também a qualquer tipo de catástrofe climática e ascende um alerta: Considerando que a maior parte da produção econômica chinesa se concentra na zona costeira do leste do país, dependendo da dimensão de algum efeito climático, afetará não só a economia da China, mas todos aqueles dependentes de alguma forma de seu mercado.
Este artigo foi escrito pela graduanda de Relações Internacionais, Wlly Rebeca Suzart Camara, Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo – SP.