Os fabricantes brasileiros de fios e cabos elétricos baseados em alumÃnio têm o que comemorar, mas também se preocupam com o futuro e com as importações da China.
No cenário de crescimento do consumo de produtos transformados de alumÃnio, que no ano passado apresentou um avanço de 8,2%, com 1,451 milhão de toneladas, o segmento de fios e cabos foi o grande destaque, com 167,4 mil toneladas. Isso correspondeu a 11,5% do total do consumo de produtos de alumÃnio pelo mercado doméstico.
Foi um desempenho recorde, 58,7% maior do que o registrado em 2010, também recorde, de 105 mil toneladas (nos anos anteriores a produção estava no patamar de 80 mil toneladas).
Mas nada foi gratuito, segundo Roberto Seta, coordenador do grupo setorial de fios e cabos de alumÃnio da Associação Brasileira de AlumÃnio (Abal) e diretor da empresa americana Phelps Dodge e do Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo).
Pelo menos dois fatores explicam a explosão de demanda, de acordo com o executivo. Um deles é o programa Luz para Todos, do governo federal, que apesar de ter diminuÃdo seu ritmo no último ano ainda manteve um volume considerável de investimentos. O outro fator são as linhas de transmissão que estão sendo construÃdas para levar energia das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antonio, no rio Madeira, para o Sul, e de Tucuruà para Macapá AP) e Manaus (AM).
“São grandes linhas de transmissão, que elevaram bastante a capacidade dos negócios com cabos de alumÃnio em 2011”, diz Seta. O alumÃnio, explica, é o produto mais indicado para linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, pelo peso especÃfico – um terço do peso do cobre -, e pela sua estrutura, que o torna mais barato.A capacidade instalada dos fabricantes brasileiros de fios e cabos de alumÃnio é hoje 190 mil toneladas/ano. “Mesmo com essa explosão de demanda no ano passado, nós atingimos 88% da nossa capacidade instalada. Estamos no limite, mas ainda dentro das possibilidades de produção do mercado doméstico”, afirma.
O setor tem feito investimentos em suas plantas fabris, o que possibilita um condição de competitividade melhor hoje, avalia Seta. A Phelps Dodge tem feito ações nesse sentido e até tem planos de construir mais uma nova planta industrial em Poços de Caldas.
A Wirex, outra fabricante de fios e cabos elétricos, está investindo R$ 10 milhões na modernização de capital fixo e na compra de novas máquinas, para ampliar a capacidade produtiva (de 5 mil toneladas anuais de cabos de alumÃnio) em 20%.
Mas o setor está preocupado com o avanço das importações de cabos. De acordo com Seta, em 2010, as importações de cabos de alumÃnio foram de 7 mil toneladas. Já em m 2011, atingiram 27 mil toneladas, um crescimento considerável. “A indústria nacional é competitiva, mas enfrenta uma competição desleal dos produtos importados. Os importadores usam benefÃcios fiscais da Zona Franca de Manaus ou de outros espaços alfandegados. Isso dá uma diferença de preços de até 30%”, comenta. “Sem falar do câmbio e do custo de energia”.
Outra situação que aflige os fabricantes brasileiros de fios e cabos é o avanço das empresas chinesas no paÃs. “Algumas empresas já conquistaram até concessão para construção de linhas de transmissão, o que afeta nossas possibilidades de operar e pode aumentar a importação de produtos chineses”, destaca.
Ele se refere ao consórcio da estatal chinesa State Grid com a Copel, do Paraná, que arrematou a licitação para construção das linhas de transmissão das usinas do complexo hidrelétrico composto por três usinas no Rio Teles Pires, em Mato Grosso. É um volume de negócios de 60 mil toneladas, assinala Seta. “Se a estatal chinesa decidir importar cabos da China, vai afetar seriamente a produção nacional”, diz o dirigente da Abal.
Fonte: Valor Econômico
Por Philippe Costa – Diretamente da China
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