Em parceria Brasil e China, foi feito e lançado satélite Cbers-4 neste domingo (7) pela madrugada. A Base foi em Taiyuan, localizada no nordeste da China. A confirmação do lançamento feita pelo foguete Longa Marcha 4B, foi feita após 13 minutos, quando o equipamento já se encontrava a altitude de 778 quilômetros (altura necessária para o inicio da orbita e a abertura do painel solar).
Todo esse procedimento foi acompanhado pela comitiva brasileira na China: Ministro da Ciência e Tecnologia, Clelio Campolina Diniz; Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi; Presidente da Agencia Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho.
No Brasil, o acompanhamento pela comitiva brasileira foi feita pelos pesquisadores da INPE, em São José dos Campos (SP). O chefe do Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE, Dr. Pawel Rozenfeld, afirmou que a separação do satélite do foguete foi concluída sem nenhum empecilho e as informações que o satélite emite já estão sendo lidas. Inclusive, após algumas horas na orbita, ele já passou pelo Brasil. Ele também afirma que, nos três primeiros meses, o foco será voltado para testes com a câmera.
O principal objetivo da parceira Brasil e China no lançamento desse satélite é contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de desmatamento ilegal e queimadas. Assim, com quatro câmeras de alta resolução, além da fiscalização da floresta, coletarão imagens de atividades agrícolas. A câmera de observação da Terra foi inteiramente produzida no Brasil e ao chegar à base Chinesa, foi submetido a diversas checagens no sistema, como rastreamento elétrico, combustível, câmeras, baterias, pressão e outros.
Os primeiros testes já foram recebidos nessa segunda feira (8) pelos técnicos da INPE, imagens do Rio de Janeiro. Registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho. Muito útil para análises de controle dos recursos hídricos e florestais.
A relação Brasil e China foi um sucesso. O Cbers 4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) teve um custo total de R$ 160 milhões e teve 50% de participação de cada país em seu desenvolvimento. Pesa 2.100Kg e seu tempo previsto de vida é de 3 anos.
Este é o quinto equipamento construído em parceria com a China desde 1988.