A China, nas últimas décadas, teve um crescimento econômico que mostrou para o mundo as faces de uma nova economia. Com a Parceria Regional Econômica Abrangente, hoje o país está se tornando uma nova potência em investimentos. Mas como isso está acontecendo? Entenda!
A primeira explicação vem da negligência dos Estados Unidos, representante de um poderoso ciclo econômico, em assumir as responsabilidades contemporâneas. O Tratado Trans-Pacífico é um exemplo. Este acordo poderia abrir portas para a integração comercial de alguns países americanos e leste-asiáticos.

A China viu essa decisão dos EUA como uma oportunidade para incentivar a sua nova parceria, a Parceria Regional Econômica Abrangente (RCEP, da sigla em inglês), que abrange a Associação de Nações do Sudeste Asiático, além do Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Índia. Desse modo, a China assegura ainda mais suas influências no continente asiático.
A economia chinesa, que já apresenta sinais de estagnação, teria uma diminuição de 0,1% do PIB com o TPP. Já, com seu próprio acordo RCEP, aumentaria em 1,4%. Mais do que isso, o país tem profundo apoio da Austrália e do Japão. A Parceria Regional Econômica Abrangente tem previsões de que, pela primeira vez, a Ásia supere os Estados Unidos e a União Europeia no contexto do comércio internacional. Eles até fundaram um banco para assistir o acordo: o Asian Infrastucture Investment Bank (AIIB). Este tem autorização de emprestar para seus 47 membros até 250 bilhões de dólares, o que representa a criação de um novo Banco Mundial. Os EUA já se recusaram a assinar os tratados do acordo de parceria e do banco asiático.

Há muitas diferenças entre os Estados Unidos e a China. Os americanos preocupam-se com a possibilidade de um míssil da Coreia do Norte cair na Coreia do Sul, enquanto a China aplicou duras sanções à esta por comprar um escudo antimíssil para se defender do vizinho do norte. Apesar da cooperação com os vizinhos pela Parceria Regional Econômica Abrangente, a China proibiu seus cidadãos de visitar a Coreia do Sul e reduziu a compra de seus automóveis – o mesmo que fez com o Japão. Reduziu também o comércio de alimentos com as Filipinas e recusou o Turismo de Taiwan. Na ONU, aprovou duras medidas contra a Coreia do Norte.
Cada vez com mais poder político e econômico, a China tem mostrado quem manda na região. A Parceria Regional Econômica Abrangente, ou apenas mesmo a sua possibilidade, consolida a China como uma nova potência em investimentos, por ora regional, mas em breve, mundial.
Por Ana Luiza Garcia Lachner, de Marília, SP, Brasil
Fontes: El País; The Diplomat; Embaixada da República Popular da China no Brasil
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