A China, principal parceiro e apoiador da economia norte-coreana, anunciou, nesta segunda-feira, 14 de Agosto, a suspensão das importações de ferro, chumbo e dos minérios destes dois metais e de produtos do mar da Coreia do Norte, aplicando as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão de aplicar tais sanções foi tomada em meio a um cenário de escalada de tensão entre a Coreia e os Estados Unidos.

Sanções econômicas e a escalada global de tensão
A medida foi efetivada a partir de ontem, dia 15 de Agosto. “Todas as importações de carvão, ferro, minérios de ferro e de chumbo, animais aquáticos e produtos do mar (como peixes, crustáceos, conservas, moluscos, caviar e substitutos) serão interditas”, anunciou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.
As sanções devem, de acordo com a agência de notícias Reuters, ser aplicadas no espaço de 30 dias depois de a resolução ter sido aprovada na ONU no último dia seis – ou seja, até à meia-noite de cinco de Setembro, momento em que Pequim espera cessar a importação destes produtos na sua totalidade.
Os produtos que tenham chegado aos portos antes da assinatura deste despacho serão processados, esclarece a nota da Administração das Alfândegas.
As penalizações aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na resolução 2371 são a resposta aos testes com dois mísseis balísticos intercontinentais, realizados no mês passado, ainda antes de a tensão entre EUA e Coreia do Norte ter se agravado nos últimos dias.
Às promessas de Pyongyang atacar a zona marítima ao largo da ilha de administração norte-americana de Guam com quatro mísseis (que potencialmente poderão carregar ogivas nucleares), o presidente Donald Trump afirmou em uma série de tweets que responderia com “fogo e fúria” e garantiu que os sistemas militares dos EUA estão carregados e prontos a disparar em caso de ameaça.
A Coreia do Norte arrisca perder cerca de mil milhões de dólares por ano em receitas de exportações com a aplicação destas penalizações, à volta de um terço das receitas totais de vendas de Pyongyang ao exterior. O comércio com a China representa 90% das trocas da Coreia do Norte com o estrangeiro.
Peritos citados pelo The Washington Post consideram, no entanto, que a pressão será insuficiente para que o regime liderado por Kim Jong-Un abandone o seu programa nuclear.
China pede que EUA não exacerbem situação tensa

O Presidente da China, Xi Jinping, pressionou, entretanto, o homólogo norte-americano, Donald Trump, a evitar “palavras e ações” que possam “exacerbar” a situação já tensa na península coreana.
“Neste momento, as partes envolvidas devem exercer contenção e evitar palavras e atos que possam agravar a tensão na península coreana”, afirmou Xi Jinping, durante a conversa mantida ao telefone com Donald Trump.
Xi defendeu que as partes devem exercer “contenção” e “continuar na direção do diálogo, das negociações e de uma solução política”, informou à TV estatal chinesa.
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Por Ariel Oliveira, diretamente de Garça, SP, Brasil
Fontes: CCTV; Reuters; Site das Nações Unidas; Washington Post
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